sexta-feira, 28 de agosto de 2015

CARLOS LAMAS


Ele já foi dito que era corajoso e idealista. Apaixonado por música, também era esportista, campeão nas modalidades de tênis e voley com a equipe formada por ele e seus irmãos Amador, Francisco, Afonso e Jacó, consagrada em memoráveis partidas realizadas no Aero Clube. Principal acionista do grupo que fundou a primeira emissora de rádio no Rio Grande do Norte, Carlos Lamas nasceu em Valparaíso, no Chile, em 1º de setembro de 1905, mas veio morar com a família em Natal em 1924. Era filho do israelita Elias Lama, tendo também outro irmão, Antônio, e quatro irmãs: Inês, Maria, Ana e Emília. Em Natal, nasceu mais um casal, Eddie e Éster. Seus pais estabeleceram-se na rua Dr. Barata, na Ribeira, como comerciante e proprietário de um armazém que vendia de quase tudo, antecipando-se ao papel que hoje cumpre os supermercados. Seu nome revelava o que ele era e gostava de ser. Carlos, palavra de origem germânica, significa "homem do povo". O que bem personaliza aquele que abriria, em nosso Estado, campo ao meio de comunicação tão popular como o rádio. O sobrenome Lamas soa estranho na língua portuguesa, mas deve ter lá suas razões na etimologia hispânica. Protagonizou casos que revelam sua personalidade forte e a índole de fidelidade aos princípios que mantinha. Embora suas origens sejam de uma cidade banhada pelo Oceano Pacífico, não era, absolutamente, pacífico. Já adulto, tornou-se cônsul do Chile em Natal e fez da casa do seu irmão Amador a sede do consulado em 1935, fatídico ano da Intentona Comunista. Ocorreu aqui um dos episódios mais marcantes da biografia dos Lamas. Na noite de 23 de novembro daquele ano, os guerdo pioneiro do Rádio: Carlos Lamas 100 anos rilheiros rebeldes se dirigiram ao Teatro Carlos Gomes (hoje, Teatro Alberto Maranhão) para prenderem as autoridades locais (governador Rafael Fernandes, prefeito de Natal Gentil Ferreira de Souza e outros nomes de destaque da administração pública) que ali se encontravam, participando de uma solenidade de colação de grau de alunos do Colégio Marista. Não os encontraram mais ali. Sabendo que os mandatários e seus principais assessores estavam no Consulado chileno, os comunistas intimaram os Lamas a entregarem os refugiados. Carlos foi enfático na sua resposta: somente com a ordem do embaixador do seu país poderia atendê-los. Fora disso, só se invadissem o Consulado e retirassem à força aqueles a quem procuravam, "pois só a estes reconhecia como autoridades legítimas naquela conjuntura". O caso está descrito no livro de João Medeiros Filho, "82 Horas de Subversão" (1980)
FONTE - SUPLEMENTO NÓS DO RN, A REPÚBLICA, SETEMBRO DE 2005

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É PRECISO SABER USAR DA LIBERDADE. COM ELA CENSURAMOS OU APLAUDIMOS O QUE DEVE SER CENSURADO E O QUE DEVE SER APLAUDIDO. MAS NÃO PODEMOS ABUSAR DESSE PRIVILÉGIO PARA ASSUMIR ATITUDE QUE NÃO CONDIZEM COM A CIVILIDADE OU COM A DECÊNCIA. VERIFICAMOS QUE A IMENSA MAIORIA DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO PERTENCEM A GRUPOS POLÍTICOS, DAÍ AS "INFORMAÇÕES" NA MAIORIA, NÃO POLÍTICAS E SIM, POLITIQUEIRAS, OU SEJA, UM GRUPO QUERENDO DERROTAR O OUTRO. É UMA VERGONHA! QUEM ESTÁ NA SITUAÇÃO, O POLÍTICO PODE SER O PIOR DO MUNDO, MAS PARA EMPREGADO ELE É O DEUS DA TERRA; NO LADO DA OPOSIÇÃO, O RADIALISTA OU JORNALISTA PASSA PARA A POPULAÇÃO QUE O GOVERNO NÃO FAZ NADA, PORÉM, NO INSTANTE QUE O PODER EXECUTIVO PASSA A INVESTIR NO TAL MEIO DE COMUNICAÇÃO, ATRAVÉS DE PROPOGANDA OU DAR UM CARGO COMISSIONADO AO DONO, AÍ, LOGO JORNAL, A EMISSORA E A TELEVISÃO MUDA O DISCURSO. DAÍ, COMO FICA O COMUNICADOR QUE ANTES FALAVA MAL DE TAL POLÍTICO, TER QUE PASSAR A ELOGIÁ-LO!!!