sábado, 29 de agosto de 2015

ADERBAL DE FRANÇA, 1º DIRETOR DE PUBLICIDADE

Natural de, nascido  05 DE JANEIRO DE 1895, primeiro cronista de Natal, primeiro diretor da Rádio Educadora de Natal, posteriormente Rádio Poti e atual AM Clube de Natal.  Faleceu em Natal no dia 25 de maio de 1974 - FONTE 400 NOMES DE NATAL

FRANCISCO IVO CAVALCANTI, 1º PROCURADOR

Nasceu em Natal em 25 de agosto de 1886. Filho de Ivo Cavalcanti de Andrade, o que lhe valeu adotar o nome de Ivo Filho, e de Dona Vitalina Evangelista Cavalcanti. Ocupou inúmeros cargos, funções públicas e desenvolveu magistério particular e público, até obter o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais – turma 1923, na Faculdade do Recife. Foi fundador e o primeiro presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Rio Grande do Norte, com inscrição número 09. Chefiou provisoriamente a OAB/RN de 05 de março de 1932 até 21 de outubro de 1932, cumprindo a missão de agregar todos os profissionais em atividade no Estado e de organizar o Primeiro Colégio Eleitoral da Ordem dos Advogados, quando foi confirmado na presidência efetiva, de 22/10/1932 a 30/03/1935 e de 31/03/1935 a 07/01/1937
FONTE - SITE DA OAB-RN

VALDEMAR ALMEIDA

O pianista e professor Waldemar de Almeida nasceu em Macau, Rio Grande do Norte, no dia 24 de agosto de 1904, e com seis meses de idade foi morar em Natal. Cursou a escola primária, a secundária e prestou os exames preparatórios para o antigo Ateneu Riograndense. O desejo de seu pai, Cussy de Almeida, era que o filho seguisse a profissão de comerciário, e por isso Waldemar cursou a Escola de Comércio até o terceiro ano. Muito cedo, porém, o piano tornou-se parte dominante de sua vida.

Aos oito anos, Waldemar já tocava de ouvido, e seu talento e perseverança convenceram o velho Cussy a levá-lo para o professor Alexandre Brandão, a primeira pessoa a tocar Chopin na cidade de Natal. Aos dez anos de idade o jovem prodígio participou de uma audição local no Teatro Carlos Gomes, interpretando duas famosas sonatas de Beethoven, a Patética e a Sonata ao Luar. A família intercedeu junto ao pai para que o menino Waldemar fosse estudar no Rio de Janeiro. Sob orientação de Luciano Gallet, preparou-se para ingressar no sexto ano do curso de piano do Instituto Nacional de Música. Foi aprovado em sexto lugar, entre 85 candidatos. De 1920 a 1924 fez parte da classe de piano do próprio Luciano Gallet, além de seguir os cursos de Teoria e Solfejo com José de Lima Coutinho, e (piano) e Harmonia com Agnelo França.

Prosseguiu seus estudos na Europa, mais especificamente em Berlim, entre 1924 e 1927. Na capital alemã recebeu o apoio de alguns brasileiros que lá estudavam, com Walter Burle Marx, Iberê de Lemos (auxiliar no consulado brasileiro e aluno de composição) e Frutuoso Viana, que na época estava escrevendo talvez sua mais famosa peça, a Dança de Negros. Burle Marx deu-lhe a primeira orientação na Europa, e depois Waldemar passou a estudar com Rudolf Hauschild (piano) e Wilhelm Forck (Harmonia). Após quatro anos em Berlin, transferiu-se para Paris, a convite de seu amigo Audifaz de Azevedo (que se ofereceu para custear-lhe os estudos). Viveu na França entre 1927 e 1930 (com um intervalo de dez meses no Brasil) sendo orientado pelo lendário mestre Vlado Perlemutter.

Ao voltar ao Brasil, para um período de férias, pediram-lhe que desse aulas a vários alunos. Logo o Governo do Estado do Rio Grande do Norte nomeou o jovem Waldemar como Professor de Música e Canto Orfeônico do Ateneu Norte Rio-grandense. A volta a Europa foi adiada em definitivo. Em Natal atuou também como professor de Canto Orfeônico e Música Religiosa no Colégio de Santo Antônio, da Congregação dos Irmãos Marista e, em 1º de janeiro de 1933, fundou o Instituto de Música do Rio Grande do Norte junto com Luiz da Câmara Cascudo e Severino Bezerra, a convite do então interventor Bertino Dutra da Silva. Foi diretor do Instituto por cerca de quinze anos, até que um governador do Estado reduziu consideravelmente as verbas de subvenção, prejudicando o funcionamento e o nível da escola. Nessa época, já estava casado com dona Hylda Wicks de Almeida e tinham cinco filhos, Hilza, Cussy de Almeida Neto, Waldemar de Almeida Junior, Clóvis de Almeida Sobrinho e Ana Corintha.

Desgostoso com a falta de visão da classe política (Waldemar de Almeida seria um eterno crítico do papel dos dirigentes nos rumos da política educacional), pensou em transferir-se para São Paulo, onde tinha contatos com o então governador Ademar de Barros, antigo colega e companheiro de seus tempos em Berlim. A amizade de Ademar de Barros falhou no momento decisivo, e isso o fez aceitar o convite do amigo de Recife, Valdemar de Oliveira, para instalar-se na capital pernambucana. Chega ao Recife do primeiro dia janeiro de 1950, com seu filho Cussy de Almeida Neto (então com 14 anos). Chegou para ficar, instalando-se na Av. Visconde de Albuquerque, 233, no bairro da Madalena. Além de lecionar Música e Canto Coral na Escola Normal de Pernambuco, depois Instituto de Educação de Pernambuco (IEP), criou seu curso de piano, instalando-o na Rua do Aragão, nº 77. Muitos foram os alunos que buscaram sua orientação, e dentre eles a mais notável certamente foi Elyanna Caldas Silveira, que ele levou ao V Concurso Internacional Frédéric Chopin, em Varsóvia, a única participante brasileira naquele ano. Na Polônia, Elyanna realizou um recital onde incluiu algumas peças de seu professor, como a Dança de Índios e o Divertimento nº 4 (baseadas no folclore brasileiro), sendo elas muito bem recebidas por público e crítica. 

Em 1954, graduou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Recife, da UFPE. Como já iniciara anteriormente o curso, fez questão de concluí-lo para dar um exemplo de perseverança aos filhos e aos alunos. Em 1961 foi convidado para ensinar Música Brasileira no III Curso Nacional de Música Sacra, realizado em Recife. Respeitado como professor no Brasil e no exterior, por diversas vezes foi convidado a fazer parte de comissões examinadoras de concursos de piano realizados em Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife (o famoso Concurso Sul-americano de Execução Musical, promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música em 1969). Foi convidado pelo Ministério da Educação para ser examinador em um concurso para a cátedra de piano da Escola Nacional de Música. Anteriormente já atendera convite de Villa-Lobos para conhecer de perto o ensino e a didática do canto orfeônico, que Waldemar de Almeida levaria e aplicaria nas escolas de Natal. 

Foi o primeiro presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, Seção Pernambuco, que ele ajudou a organizar e instalar. Apesar de estar distante de seu Rio Grande do Norte, ainda aceitou o convite, em 1962, do reitor da UFRN para organizar e dirigir a Escola de Música da universidade. Em fins de 1974, com a saúde abalada e já aposentado do IEP, fecha o curso da rua do Aragão e vai se tratar em São Paulo. O diagnóstico foi de enfisema pulmonar e problemas do coração, que o levariam à morte poucos meses depois, em 26 de maio de 1975. Seu corpo está sepultado em Natal. 

O Waldemar de Almeida compositor e educador deixou um legado significativo, que vai além de seus filhos reais e espirituais (seus alunos). O compositor deixou belas miniaturas para piano, como as Paisagens de Leques, as Natalezas (que inclui a Dança de Índios) e os Divertimentos. No seu catálogo há também obras de câmera, para canto e música sacra. 

O educador deixou esboçadas obras sobre o ensino do piano, e publicado o livro Normas pianísticas, onde delineia sua visão do ensino da música como experiência transformadora. Waldemar de Almeida estabelece ali princípios que toda escola de música deveria seguir, entre eles a prioridade no desenvolvimento do músico (e não do técnico), o respeito a individualidade e ritmo de aprendizado do aluno e a ênfase na qualidade, nunca na quantidade. Normas Pianísticas foi oficialmente adotado pela Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro e por diversas escolas, institutos e conservatórios do Brasil.

Waldemar de Almeida tem outra faceta, a de ensaísta e memorialista. Em dois outros livros ele faz relatos de viagens à Polônia nos anos 50 e aos Estados Unidos, na segunda metade dos anos 60. Do Recife a Varsóvia reúne todas as etapas da viagem de sua aluna Elyanna Caldas, única representante brasileira no quinto Concurso Internacional Frédéric Chopin. Já Do Recife a Dallas conta sua viagem ao lado da esposa Hilda para visitar o filho Waldemar, violoncelista e professor na metrópole texana. Em ambos os textos vemos sua crença nos valores da cultura e da civilização, e o esforço para mostrar ao Brasil o que era a grande música, como ela devia ser difundida e o bem que ela faz na educação e na formação de qualquer pessoa. 
FONTE CONSERVATÓRIO  

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

CARLOS LAMAS


Ele já foi dito que era corajoso e idealista. Apaixonado por música, também era esportista, campeão nas modalidades de tênis e voley com a equipe formada por ele e seus irmãos Amador, Francisco, Afonso e Jacó, consagrada em memoráveis partidas realizadas no Aero Clube. Principal acionista do grupo que fundou a primeira emissora de rádio no Rio Grande do Norte, Carlos Lamas nasceu em Valparaíso, no Chile, em 1º de setembro de 1905, mas veio morar com a família em Natal em 1924. Era filho do israelita Elias Lama, tendo também outro irmão, Antônio, e quatro irmãs: Inês, Maria, Ana e Emília. Em Natal, nasceu mais um casal, Eddie e Éster. Seus pais estabeleceram-se na rua Dr. Barata, na Ribeira, como comerciante e proprietário de um armazém que vendia de quase tudo, antecipando-se ao papel que hoje cumpre os supermercados. Seu nome revelava o que ele era e gostava de ser. Carlos, palavra de origem germânica, significa "homem do povo". O que bem personaliza aquele que abriria, em nosso Estado, campo ao meio de comunicação tão popular como o rádio. O sobrenome Lamas soa estranho na língua portuguesa, mas deve ter lá suas razões na etimologia hispânica. Protagonizou casos que revelam sua personalidade forte e a índole de fidelidade aos princípios que mantinha. Embora suas origens sejam de uma cidade banhada pelo Oceano Pacífico, não era, absolutamente, pacífico. Já adulto, tornou-se cônsul do Chile em Natal e fez da casa do seu irmão Amador a sede do consulado em 1935, fatídico ano da Intentona Comunista. Ocorreu aqui um dos episódios mais marcantes da biografia dos Lamas. Na noite de 23 de novembro daquele ano, os guerdo pioneiro do Rádio: Carlos Lamas 100 anos rilheiros rebeldes se dirigiram ao Teatro Carlos Gomes (hoje, Teatro Alberto Maranhão) para prenderem as autoridades locais (governador Rafael Fernandes, prefeito de Natal Gentil Ferreira de Souza e outros nomes de destaque da administração pública) que ali se encontravam, participando de uma solenidade de colação de grau de alunos do Colégio Marista. Não os encontraram mais ali. Sabendo que os mandatários e seus principais assessores estavam no Consulado chileno, os comunistas intimaram os Lamas a entregarem os refugiados. Carlos foi enfático na sua resposta: somente com a ordem do embaixador do seu país poderia atendê-los. Fora disso, só se invadissem o Consulado e retirassem à força aqueles a quem procuravam, "pois só a estes reconhecia como autoridades legítimas naquela conjuntura". O caso está descrito no livro de João Medeiros Filho, "82 Horas de Subversão" (1980)
FONTE - SUPLEMENTO NÓS DO RN, A REPÚBLICA, SETEMBRO DE 2005

RÁDIO EDUCADORA DE NATAL

# ANCHIETA FERNANDES
Corajoso e idealista. Um homem de visão. Se vivo fosse, Carlos Lamas completaria este ano, no dia 1º de setembro, 110 anos de idade (NASCEU EM 1905). A ele é atribuída a iniciativa de idealizar e ser o maior acionista da sociedade que fundou a primeira emissora radiofônica do Rio Grande do Norte, a Rádio Educadora de Natal (REN), que passou a operar oficialmente em 30 de novembro de 1942 com o prefixo ZYB - 5. O aniversário de Carlos Lamas, não por acaso, transcorre no mês em que se comemora, também, o Dia do Radialista (21) e o Dia da Radiodifusão (25). A Rádio Educadora de Natal, depois transformada em Rádio PoIt e atual RÁDIO CLUBE DE NATALiela funcionou apenas uma emissora sem razão jurídica e função comercial, que foi instalada pela Diretoria Geral dos Telégrafos, no bairro de Petrópolis, no ano de 1928. Entusiasta da fundação da REN, o comerciante Carlos Lamas participou da assembléia geral, realizada em 31 de janeiro de 1939, nos salões do Aero Clube, que resultou na aprovação do estatuto que disciplinou a atuação da emissora. Seu nome consta, no estatuto publicado no jornal "A República" no dia 4 de fevereiro de 1939, como diretor de rádio. Aparecem ainda os nomes de João Galvão Filho (presidente), Januário Cicco (vice-presidente), Francisco Ivo Cavalcanti (procurador), Luis da Câmara Cascudo (diretor cultural) e Valdemar Almeida (diretor artístico). O capital da sociedade era de 200 contos de réis. Ainda de acordo com o estatuto, a Rádio Educadora de Natal foi criada com a finalidade de "irradiar programas de caráter artístico, cultural e educativo". Para concretizar o projeto, os fundadores organizaram festas sociais e campanhas para angariar recursos, material de construção e equipamentos, como cimento, microfones e discos. A obra de construção do prédio que abrigou a primeira rádio oficial do Rio Grande do Norte só terminou no final de 1940, em terreno doado pelo então governador Rafael Fernandes, no local onde hoje funciona ainda a Rádio Poti (avenida Deodoro da Fonseca). Comprou-se então o equipamento técnico nos Estados Unidos, cuja instalação ficou sob a responsabilidade do engenheiro Valter Obermuller, da R.C.Victor
FONTE _ SUPLEMENTO NÓS, DO RN, A REPÚBLICA, SETEMBRO DE 2005

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